sábado, 29 de setembro de 2012

Amor de vaqueiro


Entre estradas e mourões
Entre cercados e corridas
Entre lapsos de apartações
Sou vaqueiro, sou campeão.
Entre brenhas e caatingas,
Lembro-me do rosto daquela bela morena
Fonte de minha inspiração
Adentro matos e espinhos
Com chapéu e gibão;
Permeio em serras e cerrações
Derrubando bois num galope de um trovão
Vou abrindo meus caminhos:
Para laçar um só coração.


Luiz Gonzaga

sábado, 22 de setembro de 2012

Tempo sem contratempos


      O tempo segue irresoluto em meio à agitação. Sentado à mesa, traço traços coloridos de emoções com uma frequência geradora de aprazeres que trazem, em si, lembranças de momentos belos. Dias ensolarados, vividos à mais bela fonte de inspiração lirista, que junto traz todo seu encanto, nos tornando agentes expedicionários, conhecendo, descobrindo e compartilhando extraordinárias experiências em cada lugar convivido, com as exposições de suas mais profundas manifestações de saber e conhecimento em suas peculiaridades características.
      Fatores celebrantes de belos momentos, junto ao som da bela valsa, ao sabor do mais requintado vinho, no mais inesperado gesto; quero estar afagado em teus braços, oferecendo segurança e afeto, quero sentir mais uma vez teus beijos para ter certeza de que sempre contarei com seu amor em qualquer tempo sem nos preocupar com o tempo, vivendo todo o tempo, o tempo todo eu e você.

Luiz Gonzaga

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Som do bosque


O dia nasce.
O sol já está a raiar...
Mais uma jornada começa,
Ao longe, escuto pássaros a cantar;
Estalidos de secos galhos, em sua quebra,
Aguçam todos os sentidos, na imaginação de quem tão logo impetra.

Aquarela tingida sob variados tons e tonalidades.
Sob várias investidas, volantes pleiteiam aproximação;
Contudo, sem o devido consentimento dos deuses em sua totalidade
Ímpias batalhas ainda se desenharão
Para aqueles que, distante de qualquer autorização,
Semeiam apenas interesses e conquistas sem plena cordialidade.

Longe, ao fundo, com vista à cachoeira bela,
Resplandecem flores, jacarandás e brumas ao porvir.
Frutos de uma natureza verde e amarela
Plácida riqueza em seu seio lhe acometeu;
Mata virgem, acometida pelos passos teus...

E, imerso nesse imenso silêncio,
Ficamos juntos, conscientes a recordar
Sobre quem um dia nos convidou a amar.

Luiz Gonzaga 
   

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Crônicas de Maceió - Reencontro de Emoções


     Certo dia, à praça Deodoro, sento-me a fim de tomar descanso sob a sombra das mais frondosas árvores, em companhia dos mais suntuosos casarões que respiram histórias e estórias, que testemunham e testemunharam casos e causos; ambiente que, de longe, desperta romantismo entre dois corações.
     Nesse meio tempo em que repousara ao banco da praça para sentir-me bem na companhia do bucolismo envolvente oferecido pelo recinto ao qual me sentara... Eis que surge aquela que um dia foi minha amada...
    Ficamos a conversar, relatando experiências vividas a dois, momentos incríveis de convivência e união... Porém, inoportuno gesto fez com que nossa majestosa conversa tivesse uma breve pausa... A união de nossas bocas foi responsável pelo devido ato. A partir de então, seguimos em frente nossas vidas mais uma vez unidos, vivendo, aprendendo, e compartilhando um único sentimento: o amor.


Luiz Gonzaga